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Nos shoppings, gestão de dados é a bola da vez

Nos shoppings, quanto vale um cliente? Bem, ao menos para o pessoal do Coco Bambu, o cadastro de um cliente, somado ao app do restaurante baixado no smartphone, vale cerca de R$ 26.
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Nos shoppings, quanto vale um cliente? Bem, ao menos para o pessoal do Coco Bambu, o cadastro de um cliente, somado ao app do restaurante baixado no smartphone, vale cerca de R$ 26.

Quer saber como cheguei nesse valor?

Outro dia estava em Manaus a trabalho e resolvi jantar sozinho no Coco Bambu. Sentei na mesa, olhei o cardápio, que era virtual, fiz a escolha e chamei o garçom. Ele, muito bem treinado, perguntou: “O senhor quer pedir pelo cardápio ou pelo aplicativo? Se for pelo aplicativo tem 27% de desconto.”

Resumindo a história: naquela semana, para ampliar a base de clientes e a quantidade de downloads no app, o Coco Bambu estava disposto a reduzir o preço do meu prato, de R$ 96 para R$ 69,90. Bastava eu baixar o aplicativo, completar o cadastro, resgatar o código promocional e informar o garçom na hora de fazer o pedido no restaurante.

Se eu fiz tudo isso? Por R$ 26, é claro que sim!

Durante conversa informal com o CEO de uma importante varejista nacional, ouvi que a própria estratégia de diversificação de negócios, hoje, passa pela construção da base de clientes. Segundo ele, é difícil capturar cadastros nas suas lojas e por isso a empresa pretende investir em serviços, onde o cliente compartilha seus dados mais facilmente.

Por trás de tudo isso está a constatação de que o negócio do varejo está evoluindo rápido. Nesse cenário, conhecer individualmente os clientes torna-se obrigatório para quem quiser desenvolver um amplo ecossistema, capaz de alcançar os consumidores toda hora e em qualquer lugar.

Não é à toa que as maiores varejistas brasileiras estão investindo pesado no relacionamento com seus consumidores. O Grupo Soma, dono de marcas como Farm, Animale e Maria Filó, entre outras, fechou 2021 com uma base de 1,4 milhão de clientes ativos. A Arezzo&Co divulgou número ainda maior: 3,6 milhões. Já a Renner conta com algo próximo de 18 milhões de clientes ativos.

Você deve estar se perguntando: e os shoppings?

Bem, a brMalls, em seu balanço do 4º trimestre de 2021, reportou uma base de 340 mil clientes ativos. Já a Multiplan possui 700 mil clientes ativos. Pouco, se comparado aos grandes varejistas, não acha?

Porém, tudo indica que esse panorama vai mudar. Em um ano quintuplicaram os pedidos de projetos relacionados com construção da base de dados dos clientes na Spot Metrics, empresa que está surfando bem essa nova onda nos shoppings brasileiros. Segundo Luiz Fernando Friedheim, sócio da Spot, o maior desafio consiste na ativação. “Os shoppings com os quais trabalhamos possuem cerca de 35 milhões de nomes. Mas não são necessariamente clientes ativos. Se não for acionada, essa base, que é perecível, pode se perder.”

Fonte:

https://mercadoeconsumo.com.br/14/04/2022/artigos/nos-shoppings-gestao-de-dados-e-a-bola-da-vez/

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