A concessionária Aena Brasil, que faz parte do conglomerado espanhol Aena, anunciou essa semana, em 15 de setembro, a reinauguração do Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes, localizado em Juazeiro do Norte, Ceará, que passou por uma completa transformação neste mês.

A empresa explica que a transformação foi completa, incluindo a demolição de uma parte do prédio antigo para reconstrução e melhorias na pista e pátios das aeronaves, e que o resultado é um aeroporto com mais eficiência de ponta a ponta, equipado para oferecer aos passageiros uma experiência de viagem diferenciada, seguindo os padrões Aena de conforto, segurança e modernidade, e contribuindo com o crescimento econômico da região do Cariri.

As cidades de Maceió, em julho, e Juazeiro do Norte são as duas primeiras localidades do Nordeste a se beneficiarem dessas melhorias, com a concessionária Aena planejando implementar melhorias semelhantes em outros seis aeroportos na região. Essas melhorias abrangem desde questões ambientais e de segurança até expansões e reestruturações físicas, com um investimento estimado em cerca de R$ 2 bilhões na região.

Pistas e pátios

No que diz respeito às pistas e pátios, várias intervenções foram realizadas no Aeroporto Orlando Bezerra de Menezes para tornar as operações de pouso e decolagem mais seguras e conformes com as regulamentações atuais. O pátio de Aviação Regular foi expandido para incluir uma quinta posição, permitindo agora a acomodação de aeronaves como o Airbus A321. O pátio da Aviação Geral foi totalmente reconstruído, com melhorias no pavimento e na sinalização. Além disso, as torres de iluminação foram substituídas em ambos os pátios, melhorando a segurança das operações noturnas. As pistas de taxiamento também receberam melhorias na sinalização.

A pista de pouso e decolagem passou por fresagem asfáltica, recebeu nova sinalização horizontal e vertical, além de outros ajustes. Foram adicionadas Áreas de Segurança de Fim de Pista (RESAs) em ambas as extremidades, com uma delas, a cabeceira 31, ganhando um Sistema Indicador de Trajetória de Aproximação de Precisão (PAPI), proporcionando uma chegada mais segura de aeronaves pelas duas direções.

Terminal

No que diz respeito ao terminal, ele foi expandido significativamente, aumentando de 2,5 mil metros quadrados para 6,5 mil metros quadrados. Isso resultou em uma capacidade operacional que pode acomodar até 1.000 passageiros no horário de pico. Além do aumento das dimensões físicas, a estrutura do terminal foi modernizada e aprimorada, incluindo uma nova fachada, reformulação das áreas de embarque e desembarque, bem como a expansão do setor comercial, com a adição de nove novas lojas de alimentação e varejo.

Saguão renovado

Um dos destaques do novo terminal é o saguão, que agora é mais espaçoso e abriga nove novas lojas, juntamente com um setor de achados e perdidos. Neste espaço, encontra-se a área de check-in, que agora possui 16 posições e esteiras de bagagem para quatro companhias aéreas, além de seus escritórios.

Automação e agilidade

Para melhorar a automação e a eficiência, a sala de embarque foi expandida para 900 metros quadrados e possui um terceiro portão. As esteiras de bagagens no desembarque foram substituídas por outras duas, com o dobro do tamanho das anteriores, juntamente com um novo carrossel, que mantém as bagagens no interior do terminal. Além disso, foram instalados leitores digitais de cartões de embarque (BCBP) para agilizar o processo.

Estacionamento

O estacionamento também passou por melhorias significativas, com a expansão e reestruturação que resultaram no dobro de vagas, melhorias na iluminação, ordenamento e acessibilidade. A rodovia CE-292 foi desviada e requalificada para não atravessar a área de estacionamento, proporcionando mais faixas de rolamento.

ESG

A Aena demonstrou seu compromisso com o meio ambiente ao utilizar energia 100% renovável e de fontes certificadas, bem como ao construir novas estações de tratamento de esgoto e água. Além disso, uma Central de Resíduos Sólidos foi construída para a segregação de resíduos comuns e infectantes, com os resíduos comuns sendo destinados a cooperativas locais.

O novo prédio de manutenção das companhias aéreas também inclui uma área dedicada ao tratamento de resíduos inflamáveis, e o antigo grupo gerador foi substituído por dois novos, garantindo o fornecimento de energia mesmo em condições meteorológicas adversas. Um sistema de drenagem foi implementado em toda a área operacional e no estacionamento em frente ao terminal, proporcionando uma experiência mais segura e eficiente para pedestres e motoristas.